28.2.07

Na Holanda

Delft


Amesterdão


Amesterdão


Mercado de Flores

Os super mercados fecham às 20h e as lojas normais fecham às 18h, menos à quinta, que fecham também às 20h. O que implica só poder ir as compras às quintas ou aos sábados. Ao domingo está tudo fechado, mas tudo mesmo, se acontece ficar sem comida no sábado à noite, passa-se fome.
Se uma loja fecha às 18h, às 17.50 ja andam a mandar as pessoas embora e a porta já está fechada, ninguém espera pelo cliente.
Os multibancos são muito básicos, levanta-se dinheiro e vê-se o saldo no ecrã, porque nem imprimir o saldo o raio das máquinas conseguem, muito menos movimentos de conta. Para se ter acesso aos movimentos de conta temos de esperar pela cartinha mensal que o banco manda para casa ou ter internet bancária. Tendo em conta como o sistema bancário deles é básico, até me surpreende que tenham internet bancária. Quando se vai a um balcão do banco normalmente nunca há filas, pela simples razão que os balcões não servem para nada, só para abrir contas. Eles não fazem transferências, não imprimem os movimentos de conta e nem sei se aceitam depósitos. Já me tinham dito que Portugal tinha um dos sistemas de Multibanco mais avançados do mundo, mas eu achava que era exagero, pois bem, não é.
Quando começa a chover ninguém corre, ninguém se tapa, a vida continua a fluir normalmente, embora mais molhada.
Quando os comboios se atrasam não se vêm pessoas aos gritos a refilar que "os comboios são uma m****".
Há uma espécie de sentimento de confiança. Em Pt confia-se que toda a gente vai roubar, aqui confia-se que ninguém vai roubar.
O sistema de ensino parece-me deveras estranho (haverá quem possa explicar isto melhor). Acho que por volta dos 12 anos as crianças fazem um exame que as classica como: a) inteligentes, b) normais, ou c) pouco espertas. A partir daí só podem ir para determinadas escolas e quanto menos esperto se for mais anos se tem que estudar para poder ir para a universidade. Devo estar a dizer um monte de asneiras, mas acho que no caso dos pouco espertos, quando acabam o liceu tem de estudar mais 6 anos antes de poderem ir para a universidade.
Outra coisa estranha é o facto de muitas pessoas só irem à universidade ou escola 1 dia por semana. O resto do tempo trabalham em escritórios relacionados com o assunto de estudo. Como é que se tiram cursos assim? Boa pergunta.
A maior parte dos jovens trabalham em restaurantes ou bares à noite ou fim de semana.
Se eu pensava que em Pt os médicos eram reis, parece que aqui são imperadores. Cada pessoa tem de ter um house doctor, ou seja quando estamos doentes vamos sempre a esse médico e como em principio ele tem uma lista limitada de pacientes não deve ser dificil marcar consulta. E se houver uma emergência esse médico está sempre disponível (o que até é bom). No entanto, disseram-me que se eu quiser ir ao ginecologista ou a algum médico de especialidade tenho de ir primeiro ao house doctor e só se ele achar que vale a pena é que me manda para esse dito especialista. Se ele achar que não, não podemos ir. Agora eu pergunto-me como é que esse médico de clínica geral sabe se a pessoa tem ou não necessidade de fazer um papa nicolau. Parece que há falta de médicos de especialidades, porque os outros é que têm o poder.
O cinema é super caro, da última vez que fui rondava os 10 euros e jantar fora fica normalmente por 20 euros e qualquer coisa.
Caso alguém, que saiba mais destas coisas que eu, veja alguma asneira gritante é favor de me alertar, não quero andar a contar mentiras.

26.2.07

Há dias

Em que nos sentimos assim.

Here It Goes Again

Sábado foi dia de ir Amesterdão ver a exposição Bodies e ver o concerto dos Ok!Go!.
A exposição consiste numa série de pessoas dissecadas, nas quais se podem ver os orgãos, os músculos, os nervos, etc, etc. Achei muito interessante, a verdade é que é diferente ver ao "vivo" aquilo que nos habituamos a ver em desenhos em livros. É um estranho pensar que aqueles corpos e orgãos um dia foram pessoas como nós, às vezes pareciam apenas bonecos. Mas valeu a pena, faz-nos pensar na vida, faz-nos ver como somos tão vulneráveis, mas ao mesmo tempo tão complexos. Gostei, apesar de a exposição ter sido caríssima. Foi 18,50 e porque éramos estudantes e para além disso ainda cobraram o guarda roupa e para ir à casa de banho. É impressionante, mas em Amesterdão é raro o sítio onde se pode ir casa de banho de graça.
Depois disto fomos jantar e seguimos para o concerto, que foi espectacular. Eu só conhecia o single (o video das passadeiras está o máximo) e mesmo assim adorei, eles tem imenso ritmo, são simpáticos e a música é mesmo boa. Até fiquei com vontade de comprar o CD!
Foi um dia bem passado.

23.2.07

4 meses

Já passaram. Faltam 2 para acabar o estágio.

22.2.07

Há com cada uma

Aqui não há férias de carnaval para ninguém. Nem se fala disso, nem se dá por isso, acho que lá para o sul é festejado, mas sem feriados, claro. Muito gosta esta gente de trabalhar. No entanto, resolvi tirar a 2ª e a 3ª de folga. Na 5ª anterior encontrei a chefe e perguntei-lhe se havia problema em não ir trabalhar, ao que ela respondeu que não havia problema nenhum. Ok, fiquei descansada.
2ª, 9.30H, recebo uma mensagem: "-Estás doente?". Maldita hora em que resolvi dar o meu numero de telefone. Ao que eu respondi que não estava doente e que tinha pedido o dia. Tudo bem, ficou por ai.
3ª, 9.30H, recebo uma mensagem: "-Estás doente?". Eu vi aquilo e pensei, não pode ser, isto não está a acontecer. Voltei a mandar uma mensagem a dizer que não estava doente e que tinha pedido o dia, ao que a minha colega responde: "-Devias ligar para aqui, porque a chefe perguntou onde é que tu estavas". Impressionante, fiquei mesmo irritada, caramba. Liguei para lá e falei com a chefe e disse que tinha falado com ela na 5ª, ao que ela respondeu que se tinha esquecido.
Enfim, tretas que se evitavam facilmente, na minha opinião.

15.2.07

Que dia da treta...


Acontece-me várias vezes no escritório lembrar-me desta tira do Calvin. Hoje foi mais um desses dias.

14.2.07

Dia dos Namorados


Dia dos Namorados, com direito a corações, cartões, jantar fora e claro chocolates!
Amo-te.

12.2.07

SIM

Fiquei contente com a vitória do SIM, claro que fiquei. Acho que as mulheres portuguesas ficaram a ganhar com esta vitória, mesmo as que votaram não. Acredito que todas nós temos o direito de optar, com informação, com assistência médica, com condições dignas. Acredito que cada mulher toma a decisão mais acertada para si e para a eventual criança, e acredito que não devemos impor a nossa moral aos outros. Não digo com isto que sou a favor do aborto, acho que ninguém é, mas ele existe e ninguém deixa de o fazer porque há uma lei e uma pena a pairar sobre as suas cabeças ou porque os padrecos andam para aí a assutar as pessoas, infelizmente o mundo não é cor de rosa. Mas sou a favor da escolha livre, sempre. Muitas das pessoas que escrevem para blogs que apoiam o NÃO tem escrito verdadeiras tragédias como se o aborto fosse começar a ser praticado agora e só agora, embora saibam que isso não é verdade. Acredito que o aborto legal leva a um controle e eventualmente à diminuição do número de abortos, esta tendência tem-se verificado por toda a Europa, porque é que em Portugal havia de ser diferente?

Várias vezes visitei o Blog do Não (embora não demasiadas, para não me irritar) e agora que o referendo já passou não foi excepção. Tenho de confessar que senti chocada com posts que comparam o resultado do referendo ao 11 de Setembro, acho sinceramente que é uma falta de nível do pior que se pode ver. E para quem diz que isto é uma cultura de morte, eu digo que cultura de morte tinhamos antes, quando as mulheres abortavam e morriam a seguir. É triste, mas é verdade. No entanto, não posso deixar de destacar este
post, com o qual concordo e que até me fez rir. Tenho de dizer também que achei que a posição do Marcelo Rebelo de Sousa foi completamente patética e triste. Não só passou um atestado de burrice e incompetência a todas as mulheres (abortar por estados de alma, que idiota), como disse que defendia a despenalização, embora achasse que devia continuar a ser crime. Ora a mim parece-me que Crime sem pena = liberalização do aborto clandestino. Mas pronto, já passou, esperemos que para a próxima este senhor pense antes de vir para a televisão opinar os seus estados de alma.

E pronto, tantos anos depois esta é uma batalha que eu espero tenha chegado ao fim. O fim da perseguição às mulheres, o fim da vergonha e, espero eu, o fim do aborto clandestino. Sei que começa agora uma nova etapa e quem nem tudo é maravilhoso, mas acredito que esta nova lei vai ser em tudo melhor as mulheres portuguesas.
E estou muito contente, sim.

8.2.07

Neve!


Hoje fartou-se de nevar! Começou depois do almoço e só parou já de noite. É muito bonito ver a neve e tudo branquinho. O R. baldou-se ao trabalho à tarde e foi tirar fotos, eu tive ficar no emprego. E por causa da neve houve um acidente na linha e interromperam os comboios (outra vez) e demorei mais uma hora do que é normal a chegar a casa.
Mas a neve é tão linda!

7.2.07

Nem mais

Salvem-nos dos

Imbecis

Moralistas

4.2.07

Mais uma semana

Há cerca de 3 semanas que estou doente. Primeiro o nariz, depois a tosse, agora o ouvido. Só comecei a sentir-me melhor há umas horas. Já estava a desesperar.
A semana de trabalho foi normal, a única diferença foi que na quarta-feira fomos assistir à transmissão um programa de rádio, em Amesterdão. Foi muito interessante, era uma salinha pequena com um palco, de hora a hora havia um mini-concerto e nos intervalos ia decorrendo o programa de rádio e as pessoas iam para bar e ficavam ali a conversar. Uma saida à noite à maneira, o espaço é super agradável e acolhedor e a ideia de ter ali bandas ao vivo a tocar uma ou duas canções é extremamente agradável. Só é pena ser à quarta, porque trabalhar no dia a seguir custa!

3.2.07

Sim

"Como obrigar uma mulher grávida que não quer ser mãe a sê-lo?

É que, independentemente de concordarmos ou não com o argumento do «direito ao corpo», independentemente de aceitarmos ou não a existência de um conflito de interesses entre o estatuto da mulher e do feto, e, até independentemente de nos colocarmos de um lado ou de outro, o que é inegável é que a Natureza atribuiu à mulher o poder da maternidade. Enquanto assim for, não há legislação que possa mudar esse facto. "