29.1.07

Esquisitices 2

1) As pessoas aqui só têm 2 nomes, o nome próprio e o do pai. Não há cá nome da mãe para ninguém, pelo que me pareceu eles acham estúpido ter um nome que vai desaparecer e não serve para nada. Eu cá acho triste que o nome da MÃE seja tido em tão baixa conta. À mãe fica reservado o milagre da vida, a partir daí, deixa de ter importância.

2) Às sextas feiras à tarde bebe-se cerveja no trabalho. É só grades de cerveja no escritório. Sinceramente, acho esquisito.

3) Nos cinemas também se pode beber tudo o que se quiser, incluindo cerveja. Ouvem-se caricas a saltar durante o filme e risos cada vez mais altos.

4) Arranjar um médico aqui é uma verdadeira odisseia. Pensava eu que era só telefonar e marcar uma consulta, mas não. Os médicos cá atendem um certo número de doentes. E não aceitam mais pessoas. Para sermos aceites por um médico temos de ir ao consultório, apresentarmo-nos e esperar que ele esteja disposto a aceitar-nos na sua lista dourada. É uma confusão.

5) Não há uma única loja, padaria, etc, onde eles peguem nos pães ou nos bolos com pinças ou luvas. Não, aqui é tudo com as mãozinhas mesmo.

Está finalmente aberto

Architectural Grammar

O novo blog da autoria de 3 rapazes com muito para dizer!

26.1.07

Não me canso de achar piada a isto



Mas que nome tão infeliz!!

25.1.07

Em casa

Há quase duas semanas que estou doente, primeiro começou por me atacar o nariz em força e agora sinto que está a descer para o peito. A minha colega que me tem visto doente estes dias todos hoje foi dizer à chefe que eu estava doente e ela por sua vez veio-me dizer para eu vir para casa. Podia ter dito que apesar de estar doente até aguentava ficar por lá, quem é que nunca foi para a escola a morrer de tosse e a pingar ranho? Mas como até estou doente, estes últimos dias têm sido um tédio completo e além disso não trabalhar é sempre bom, concordei e vim embora.

Para mim as duas melhores coisas da Holanda são o respeito pelo trabalhador e o respeito pelo cidadão. Parece-me, a verdade é que posso estar completamente errada e a ver tudo mal, mas a verdade é que vejo as pessoas a cumprirem os seus horários de trabalho, a receberem melhor, a terem condições para uma vida mais desafogada. E quando trabalham horas a mais essas horas são pagas ou acumulam mais tempo de férias. Já para não falar dos subsídios que o governo dá para casos de doenças e para quem tem filhos e para estudos. Um colega meu dizia-me, no outro dia, que aqui só não estuda quem não quer, porque o governo ajuda quem precisa. Outra coisa que acho fascinante é o facto de muita gente que têm filhos trabalhar só 4 dias por semana, porque negoceia a empresa e ainda ganha o suficiente para ter uma vida normal.

E quando vejo estas coisas, sinceramente, fico triste, porque penso que Pt podia ser um dos melhores países da Europa para se viver, com uma enorme riqueza cultural, com um tempo fantástico, com uma grande diversidade de paisagem, etc. Mas não é, enquanto não se aprender a respeitar as pessoas Pt vai continuar a ser um bom destino de férias, mas um péssimo sítio para se trabalhar (e infelizmente o trabalho é uma grande parte da vida).

Vou beber chás.

24.1.07

Plim

Hoje nevou!!!

23.1.07

Chegou o Inverno

Hoje de manhã:
Hora: 7.50 am
Temperatura: -2
Céu limpo. Está um frio que não se pode, mas quando há sol a vida parece que corre melhor (mesmo que se esteja fechado num escritório).

20.1.07

Tempestade





Quinta feira foi dia de tempestade. O dia começou normalmente, mas à medida que o dia foi avançando o vento foi ficando mais forte. Houve imensos estragos pela Holanda toda, no entanto, acho que tive a sorte de a minha zona não ter sido das mais afectadas, pelo menos foi o que me pareceu. Não vi árvores caídas, nem nada destruído, não senti nenhuma rajada extretamente forte. No entanto, por causa do vento cancelaram os comboios todos e isso foi mesmo desesperante. Cheguei à estação para tentar ir para casa e nada, não havia comboios, mas havia muita gente à espera. Tentei ver se havia autocarros, mas a paragem estava uma confusão e o suposto autocarro que me poderia trazer a casa, nem vê-lo. Voltei para a estação onde me informaram que ia haver um comboio para o destino que eu queria, só não se sabia era quando. Basicamente foram 2 horas de pé, ao frio e com fome à espera do prometido comboio. Ainda pensei em ir comer qualquer coisa, mas não podia sair dali, não fosse o comboio chegar. Suponho que até não foi muito mau porque houve imensa gente em imensas estações que teve passar a noite fora de casa, não havia como ir a lado nenhum. As estradas estavam congestionadissimas e nem toda a gente tem carro.
Às 19.00 quando o comboio chegou as pessoas fizeram uma grande festa e foram o caminho todo a dizer piadas e a rir, estavam mais alegres naquele dia do que nos dias normais. Isso surpreendeu-me, tenho de admitir, se fosse em PT eram só asneiradas, de certeza. Mas pronto , 20 minutos depois estava na minha cidade e ainda fui de bicicleta para casa, não senti assim um vento tão forte, devo ter tido sorte.
Neste país quando os comboios falham é o caos.

14.1.07

SIM


Desde muito nova que me lembro de pensar na questão do aborto ser proibido em Portugal. Sempre me pareceu terrivelmente errado que as pessoas gastassem tanto tempo e esforço a tentar controlar a vida e o corpo dos outros. Será que alguém acredita mesmo que é por se proibir o aborto que uma mulher vai ter um filho contra a vontade dela? Não acredito que uma mulher que faça um aborto o faça de ânimo leve e não acredito que não sofra profundamente com isso, mas muitas vezes é a única opção. Sinceramente não sei se faria um aborto, suponho que dependeria de muita coisa, mas de certeza que não iria ter um filho que não queria ter.
Claro que esta questão é extremamente complicada e os moralistas defendem que se trata de uma vida e de um coração a bater etc, no entanto, se a questão da vida é tão importante porque é que se permitem abortos nos casos em que a criança vai nascer com problemas? Ou como é que se permite a pílula do dia seguinte, a vida não começa logo no momento da concepção, segundo dizem?
Podia escrever muito sobre este assunto, há imenso a dizer e cada pessoa tem o seu ponto de vista. No entanto, acho que é importante que se deixe de olhar só para o próprio umbigo e se pense que nem toda a gente tem de se guiar pelos nossos padrões e, principalmente, que este assunto deve ser uma questão de escolha própria. Ninguém tem o direito de impôr nada a ninguém.
Eu sou pelo sim.

13.1.07

Pufff....

Na sexta feira, por volta das 7.50, tinha eu acabado de parar a bicicleta no parque, foi-se a luz da cidade inteira a abaixo. Felizmente que já havia assim uma espécie de lusco-fusco e já não era completamente de noite. Dirigi-me para a estação para apanhar o comboio para o trabalho como normalmente e nem me passou pela cabeça que a falta de luz afectasse os comboios. Quando lá cheguei estavam os painéis todos vazios e andavam os funcionários da estação a informar que não havia comboios. É interessante que toda a gente fala inglês neste país, mas ontem de manhã as 3 pessoas com quem tentei falar não falavam inglês. Há alturas em que não saber a língua é uma treta. Dava para perceber o que se passava, mas os altifalantes repetiam uma frase vezes e vezes sem conta e eu estava curiosa para saber o que era, secretamente tinha a esperança que estivessem a dizer que não iam haver mais comboios para o resto do dia e que podiamos ir todos para casa. No entanto, não tive tanta sorte, meia hora depois a luz voltou e uma hora depois voltaram a haver comboios. Claro que foi o suficiente para afectar as circulações para o resto do dia.

6.1.07

E agora uma excelente notícia

Poder das mulheres já atinge todos os continentes

Com a eleição este ano da Presidente da Libéria, a primeira mulher a assumir o cargo em África, o poder feminino atinge já todos os continentes e poderá ser reforçado, nomeadamente em França e nos Estados Unidos!

De volta... e sim, está a chover


Depois de umas férias que souberam mesmo bem. Passear, descansar, falar português, comer bem e o tempo esteve maravilhoso.
No entanto, tenho de confessar que a viagem para PT foi provavelmente a pior viagem que já fiz de avião. O avião super cheio e para grande azar apanhamos uma daquelas excursões de velhos labregos que vão a Amesterdão, sem as mulheres, adivinha-se para quê. Horrivel! Gritaram, disseram asneiras até mais não, fumaram, reclaram porque não havia mais cerveja e como estavam espalhados no avião andavam de um lado para o outro. Estava com saudades de PT, mas mal entrei naquele avião passou-me logo. Que labreguice.
A viagem para cá já correu normalmente.
Entretanto tenho estado em casa, porque só começo o trabalho na segunda, mas sem vontade nenhuma.